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O poder como construção coletiva




As mulheres foram maioria na última conferência internacional da Via Campesina Internacional. Este fato foi um dos primeiros a ser destacados por Rita Zanotto, integrante da Coordenadora de Organizações Latino-americanas do Campo-Via Campesina, em entrevista com Rádio Mundo Real, em Jacarta, capital da Indonésia, e sede da 6ª Conferência Internacional da Via.

A integrante do MST, destacou que por primeira vez houve um debate sobre feminismo como Via Campesina Internacional, já que as organizações nas Américas já vêm debatendo esse tema, reafirmando a través da CLOC-VC que “sem feminismo não há socialismo”.

Outro dos desafios reafirmados y discutidos na 6ª Conferência da Via Campesina Internacional, foi o da não violência. Uma das ferramentas concretas que este movimento têm é a campanha Basta de Violência contra as Mulheres, que a militante afirmou ser uma campanha do movimento, e não só das mulheres do movimento. Além deste, outro ponto de debate durante a 4ª Assembleia das Mulheres, foi a necessidade de uma maior formação política das mulheres da Via.

A militante destacou a importância desta formação política (não só das mulheres camponesas) para massificar as lutas necessárias para atingir uma sociedade socialista. Em relação a essa massificação, Rita menciona as alianças estratégicas com organizações e movimentos em nível internacional,como a Marcha Mundial das Mulheres e Amigos da Terra Internacional, além de alianças em níveis locais, com articulações de pesquisadores, estudantes, de pastorais, entre outros.

Por último, Rita refletiu sobre a violência dos estados, dos fazendeiros e dos paramilitares latino-americanos contra o campesinato, algo que a pesar da presença atual de governos defendidos pelos movimentos, não é possível mudar devido às “estruturas velhas” difíceis de remover desses estados. Ela entende que as ações de solidariedade para combater a violência e a perseguição aos defensores dos direitos de quem trabalha na terra são importantes mas não suficientes, nem vão resolver os problemas em profundidade “enquanto não mudarmos a estrutura do capital, a estrutura dos Estados que nós temos”.

A entrevista completa com Rita Zanotto está no áudio desta matéria.



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